segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Relato de Viagem 05: Cruzando o Estado de São Paulo

Rota: São Paulo x Presidente Epitácio

Empresa: Andorinha

Carro: 5085 (Marcopolo Paradiso G6 1550LD – MBB O-500RSD)


A Linha São Paulo x Presidente Epitácio, com seus 692km de extensão, é a segunda maior linha rodoviária do Estado de São Paulo, perdendo apenas para a Santo André x Rosana, também da Andorinha, que ultrapassa os 700km de extensão. É uma rota muito interessante, que cruza o Estado de ponta a ponta em 10:30 de viagem, passando por cidades e regiões importantes e conhecidas do Estado.


O Carro da Viagem:


A Andorinha disponibiliza nessa rota carros do serviço Master, que são carros com 42 poltronas (no caso dos carros mais baixos) e 44 poltronas nos carros mais altos (Low-Drivers), e foi exatamente um desses que nos levou durante a viagem, um Marcopolo Paradiso 1550LD ano 2007. O Serviço da Andorinha nessa rota é muito bom, mesmo sendo convencional, e com uma tarifa promocional nos carros noturnos. O Carro contava com 44 poltronas semi-leito, com apoio para as pernas, água mineral, e os funcionários da Andorinha foram muito educados desde o inicio ao final da viagem, confesso que o serviço me surpreendeu um pouco, justamente por ser uma tarifa promocional, com um bom desconto.


A viagem:


Marcada para o horário das 21:40, a saída do Terminal Rodoviário da Barra Funda em São Paulo, ocorreu com um atraso de 5 minutos, as 21:45 o carro 5085 da Andorinha estava saindo da plataforma 25, rumo a Epitácio, e com isso a viagem começou, um fato curioso nessa linha, é a quantidade de bagagens que os passageiros transportam, isso se justifica o uso de Low-Drivers na linha, pois são carros com bagageiros maiores.


Saindo com uma lotação de mais ou menos 30 pessoas alcançamos a Marginal Tietê, e um trecho da Rodovia Castelo Branco, rumo a Osasco, a primeira parada, que é apenas para Embarque.


Em Osasco o carro completou a sua lotação máxima e as 22:10 saímos de lá e seguimos de novo rumo a Castelo Branco, agora sim a viagem iria começar de verdade.


Pegando a Castelo, aos poucos a Grande São Paulo foi ficando pra trás: Osasco, Barueri, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba, e com isso a paisagem vai mudando também, o transito infernal, o barulho e a paisagem urbana vai dando lugar a calmaria e paz do interior, e nosso carro rumando cada vez mais adentro do interior. A Castelo Branco é uma rodovia muito boa, totalmente duplicada, asfalto sem buracos, isso torna com certeza a viagem bem mais agradável.


Por volta de 00:30 depois de rodarmos mais de 200kms, a primeira parada para lanche chegou, no posto Rodoserv Sorriso, na beira da Castelo Branco, no município de Pardinho (Região de Botucatu), ali foi feita uma parada de 20 minutos. Esse posto é parada exclusiva das Empresas Andorinha e Manoel Rodrigues.


Saindo do posto as 00:50, seguimos mais um bom trecho pela Castelo Branco, até o seu final, no município de Santa Cruz do Rio Pardo, onde pegamos a Rodovia João Batista Cabral Renno (SP-225), uma rodovia vicinal com pista simples, e após alguns kms pegamos a Rodovia Orlando Quagliato (SP-327) rumo a Ourinhos e a divisa com o estado do Paraná.


O final da Orlando Quagliato, fica num trevo no município de Ourinhos, bem próximo a divisa com o Paraná, nesse trevo se encontram 4 rodovias: BR-153 (Transbrasiliana), SP-225 (João Batista Cabral Renno), SP-327 (Orlando Quagliato) e SP-270 (Raposo Tavares).


Saindo desse trevo pegamos um trecho da BR-153, para fazermos o contorno por fora da cidade de Ourinhos, é um trecho pequeno de aproximadamente uns 5kms, mais mostra bem a diferença das rodovias federais para as estaduais que são privatizadas. É um trecho de pista simples, mal-sinalizado e com muitos buracos.

Após fazermos o contorno de Ourinhos, pegamos a Raposo Tavares sentido interior, a Raposo também tem trechos muito ruins nessa região, com muitos buracos e trechos sem duplicação,e seguiremos pela Raposo agora até Presidente Epitácio.


Por volta das 03:45 da madrugada, chegamos na segunda parada para lanche, no posto Rota Sul, bem na divisa dos municípios de Palmital e Assis. Lá encontramos outros carros da Andorinha parados fazendo outras linhas, esse posto é parada exclusiva das empresas Andorinha e Motta. Mais uma parada de 20 minutos, a última para lanches.


Saindo do posto as 04:50, voltamos para a Raposo Tavares, com mais alguns minutos o dia começa a clarear, e a paisagem do interior vai se revelando.


Já com o dia bem claro chegamos talvez na cidade mais importante do trajeto: Presidente Prudente, a maior cidade da região e sede da Andorinha, e uma outra coisa vai se revelando também, o calor do Oeste do Estado, que é uma coisa absurda, por volta de 05:30 da manhã o dia já estava bem claro, e o sol já estava forte. Foi com esse clima que chegamos na garagem da Andorinha onde faremos uma parada breve para troca de motoristas.

A garagem fica bem na beira da Raposo Tavares, no trevo principal de Presidente Prudente, conhecido como “Trevo da Andorinha” ali fizemos uma parada de menos de 05 minutos apenas para a troca de motoristas, e com isso a viagem segue, agora na parte final do trajeto.


Após passarmos Presidente Prudente, o dia já estava totalmente claro, e o calor já maltratava, e por volta das 06:30 saímos da Rodovia e entramos na primeira cidade onde há desembarques, Presidente Venceslau.

É uma cidade pequena, com ar bem típico do Interior Paulista, a Rodoviária fica ao lado de uma antiga estação de trem, e o nosso carro por ser alto, passa quase raspando no teto da rodoviária que é bem pequena, com apenas 3 plataformas.


Ali desembarcam muitas pessoas, e é um pouco demorado devido ao desembarque das bagagens.


As 06:50 saímos da rodoviária de Venceslau e voltamos para a Raposo, agora a nossa viagem está chegando no final. Porém antes de chegarmos a Epitácio ainda vamos passar nas cidades de Presidente Bernardes, Santo Anastácio e Caiuá, porém sem paradas.


Ao entrarmos no perímetro de Presidente Epitácio, há uma pequena garagem da Andorinha, onde o ônibus fez uma breve parada para desembarque, isso era por volta de 07:30 da manhã.


Mais alguns quilômetros avistamos o final da Raposo Tavares, e uma placa indicando a divisa do Estado de São Paulo, com Mato Grosso do Sul, porém entramos em uma avenida uns metros antes, essa avenida beira o Rio Paraná, o cartão postal da cidade, e é conhecida como “Avenida da Praia”, continuamos nessa avenida até o seu fim, onde há o Porto de Presidente Epitácio, e algumas quadras após já avistamos a rodoviária, e exatamente as 08:05 minutos o carro estaciona na plataforma 01, e com isso a viagem termina.


Destino final: Presidente Epitácio


Conhecida como a “Jóia Ribeirinha”, a Estância Turística de Presidente Epitácio, é uma cidade pequena, mais com uma boa infra estrutura, e um ótimo potencial turístico. Toda cidade é margeada pelo Rio Paraná, que forma em seus bancos de areia muitas praias, dando um clima de litoral a cidade, logo cedo temos quiosques na areia e pessoas tomando banho no rio, fora isso há o Parque da Orla, que é um parque municipal existente na orla do rio, é uma cidade também conhecida pela pesca, e por ser a última cidade do estado de São Paulo, para chegar ao estado vizinho, Mato Grosso do Sul, há a Ponte Maurício Joppert no final da Raposo Tavares, ligando Presidente Epitácio a Nova Porto XV (MS), a visão do alto da ponte é muito linda, dá pra se ter uma idéia do tamanho do Rio Paraná.


Cidade típica do Interior com muitas praças, com calmaria e sossego, mais com forte potencial turístico e opções de hotelaria boas e baratas, essa é a Presidente Epitácio, uma parada obrigatória para quem segue ao Centro-Oeste, vale a pena fazer uma parada e curtir a beleza do Rio Paraná, e se banhar em suas águas.


Relato: Tiago de Grande / Portal InterBuss

sábado, 24 de outubro de 2009

Relato de Viagem 04: Nas Curvas da Estrada da Morte

Rota: Belo Horizonte (MG) x João Monlevade (MG)
Empresa: Gontijo
Carro: 5800 (Busscar Jum Buss 360 – Volvo B12B)

A BR-381 no trecho entre BH e Monlevade é bem diferente do trecho q a grande maioria das pessoas conhece, q seria entre São Paulo e Belo Horizonte, nesse trecho que começa em BH e tem destino o Estado do Espírito Santo, ela ainda não foi privatizada, não é duplicada, tem um asfalto muito ruim, com muitos buracos, trechos de serra com subidas e descidas íngremes, muitas curvas e um tráfego intenso de caminhões pesados e ônibus, com tudo isso, o trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e João Monlevade é conhecido como “Rodovia da Morte”.

Ponto de Partida: Belo Horizonte
A capital mineira é uma cidade muito aconchegante, apesar
de ter o tamanho e a população de uma capital das mais importantes do país, tem um ar de interior, e um povo muito receptivo. Outro ponte forte de Belo Horizonte é a gastronomia, em quase todos os pontos da cidade se consegue comer bem, a típica e saborosa comida mineira, vale destacar o Mercado Municipal, onde pode se comprar de tudo, almoçar um bom feijão tropeiro e saborear os queijos e doces mineiros.

Uma ótima cidade, com uma infra-estrutura muito boa, q ajuda tanto o morador de lá quanto o turista, mais sem perder o clima típico de calmaria das Minas Gerais, essa é a Belo Horizonte, nosso ponto de partida.


A viagem:
Nosso horário sairia de Belo Horizonte as 12:15, e saiu exatamente no horário. O carro da Gontijo q nos levou tinha ar-condicionado, 46 lugares com ótima reclinação, e o potente chassi Volvo B12B, na minha opinião um baita carro pra uma linha curta (120km).

Saímos da rodoviária de BH e já pegamos o anel viário e Av. Cristiano Machado, deixando o centro de BH pra trás.


Seguindo pela Cristiano Machado, passando pelo Minas Shopping, e pegando a alça de acesso para a BR-381 veio o primeiro contratempo, na alça o transito estava todo parado, e andando muito devagar, nesse tempo perdemos lá parados pelo menos 20 minutos, e talvez nessa parte encontramos o trecho mais feio do trajeto, nesse trecho há muitos barracos na beira da pista e muitos desses acabam invadindo um pedaço da pista, tornando a passagem por ali um pouco perigosa. Passamos e alcançamos a BR-381, ainda no perímetro urbano de BH, e nesse trecho já há um tráfego intenso de caminhões em ambos os sentidos.


Com mais uns 20 minutos de viagem, começa a subida da Serra do Cipó, e ali a estrada começa a ficar perigosa, muitas curvas fechadas e subidas íngremes, porém o 5800 da Gontijo se comportou muito bem, subindo com muita leveza e sem perder embalo. A visão do topo da
serra é surpreendente, tudo muito verde, até onde se consegue enxergar, muitos vales e muitos morros, talvez a parte mais assustadora seja os caminhões em sentido oposto, q são muitos e passam muito rápido, além da pista ser simples, sem acostamento, e com muitos buracos, onde muitas vezes o carro que estávamos precisou desviar de alguns e com isso acabava invadindo a pista contrária, e é acompanhando esse cenário é que subimos a serra e saindo de BH, a próxima cidade é Caeté, ainda pertencente a região metropolitana, e também pertencente ao circuito da Estrada Real.

O trevo de acesso a Caeté, tem uma imagem curiosa: Fica em uma curva bem fechada, e com um pequeno canteiro central, e nesse canteiro estão fincadas pelo menos 30 cruzes de madeira, devido a um acidente com um ônibus que teve por lá a um tempo atrás.


Passando a cidade de Caeté, continuamos tendo a serra como companhia, e também o tráfego intenso, com mais uns kms, estamos saindo da Grande BH, e chegando próximo ao município de Barão de Cocais, e no trevo de acesso também temos acesso para o município de Santa Bárbara, nesse trecho a paisagem muda, já não temos mais tantas subidas, porém a rodovia continua com pista simples, sem acostamento, curvas e tráfego intenso. Barão de Cocais ainda pertence ao circuito da Estrada Real, porém a próxima cidade, chamada Rio Piracicaba, está entre o Circuito da Estrada Real, e o Vale do Aço, região onde está nosso destino final, a cidade de João Monlevade.


Passando por Rio Piracicaba, a paisagem muda, voltamos a subir serras, e além de tudo que já foi citado, agora temos na beira da rodovia campos de extração de minérios, isso mostra que estamos entrando na região do Vale do Aço, que é uma região que vive basicamente da extração de Minérios, e tem como municípios mais conhecidos: João Monlevade, Ipatinga, Coronel Fabriciano, e Governador Valadares.


A viagem estava chegando ao fim, com um trecho de subida de serra saímos do perímetro de Rio Piracicaba e entramos no perímetro de João Monlevade, com duas horas completas de percurso, e já podemos avistar uma parte da cidade, com duas horas e quinze minutos de percurso, o nosso carro adentra na rodoviária de João Monlevade, que fica as margens da BR-381, no km. 459, ao lado de um posto que serve como apoio para as linhas com destino as cidades de Ipatinga e Governador Valadares, e ao estado do Espírito Santo.


Destino final: João Monlevade
Cidade encravada entre morros, João Monlevade vive basicamente da extração de Minério de Ferro, onde temos na cidade a CSBM: Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, a fábrica fica no alto de um morro e pode ser avistada de praticamente toda a cidade, e também um grande tráfego ferroviário na cidade devido aos trens de carga que carregam minérios. Uma cidade com muito verde, muita natureza, e uma boa infra-estrutura, João Monlevade ainda conta com algumas universidades, e com isso a cidade conta com uma boa população jovem, e também com grande parte da população sendo funcionária da CSBM.

Texto e Fotos: Tiago de Grande / Portal InterBuss

domingo, 28 de junho de 2009

Relato de Viagem 03: Linhas Urbanas de São Paulo: 178-T/10 (Metrô Santana x Ceasa) e 477-A/10 (Ceasa x Sacomã)

Em São Paulo temos algumas linhas que atravessam a cidade em vários sentidos: Norte x Sul, Leste x Oeste, Norte x Oeste, Norte x Leste, Leste x Sul e etc. Algumas dessas linhas cortam a cidade de ponta a ponta passando pelo Centro, outras não, mais em todas elas temos a garantia de longas viagens, uma boa demanda de passageiros, e passagens por vários locais e bairros da cidade, hoje irei falar sobre duas dessas linhas, a primeira é a linha 178-T/10 – Metrô Santana x Ceasa, e a segunda é a linha 477-A/10 – Sacomã x Ceasa

Dados da primeira linha:

Linha: 178-T/10 – Metrô Santana x Ceasa
Ponto Inicial: Av. Cruzeiro do Sul, em frente ao Metrô Santana
Ponto Final: Rua Hayden, esquina com Av. Dr. Gastão Vidigal, em frente ao Ceasa
Empresa: Sambaíba (Área 2)
Carro da viagem: 2 1232 – Marcopolo Viale, MBB OF-1721

A viagem:

Saindo do bairro de Santana, as 16:07 o carro com lotação de bancos completa e 3 pessoas em pé inicia a viagem, subindo pela Av. Cruzeiro do Sul, alcançamos o Alto de Santana, é a parte mais alta do bairro, e nessa parte temos uma visão legal da cidade e muitos edifícios residenciais de alto padrão, nesse trecho apenas linhas da Sambaíba rodam, e depois de uma volta pelas ruas do bairro alcançamos a rua Conselheiro Moreira de Barros, e vamos cada vez mais adentrando pela Zona Norte, passando pelos bairros de Santa Terezinha e Mandaqui, após isso entramos no bairro de Casa Verde pela Avenida Eng. Caetano Álvares (importante ligação da Zona Norte com a Marginal Tiete), é uma avenida larga, com o córrego Mandaqui entre as suas pistas, e um tráfego considerável de carros. Muitas lojas de carros ao longo dela, e é nesse trecho que as pessoas começam a desembarcar, percebi que essa linha é a ligação mais rápida entre o metrô e a região da Casa Verde, as imediações do Terminal Casa Verde e o Bairro do Limão, pois as outras linhas que fazem esse trajeto seguem por caminhos mais longos.

Saindo da Eng. Caetano Álvares, entramos no Bairro do Limão, importante região da zona norte, com muito comércio, passando pelo considerado centro do bairro, a Praça Professor Francisco D’Auria (ou simplesmente Largo do Limão). Nessa parte já vemos além de linhas da Sambaíba, algumas pertencentes a área 1, pois estamos próximos de sair da área 2 e adentrar a área 1. Saindo do Bairro do Limão pela Avenida Nossa Senhora do Ó, chegamos no tradicional bairro da Freguesia do Ó, e com isso adentramos a área 1, uma volta pelas ruas importantes do bairro: Javoraú, Bonifácio Cubas, Av. Santa Marina, Av. Itaberaba, até atingirmos a Avenida Paula Ferreira, e a Gen. Edgar Facó já no bairro do Piqueri, cruzando a Ponte do Piqueri, entramos no bairro da Lapa, na minha opinião o mais importante do trajeto, passando em frente ao tradicional Mercado Municipal da Lapa, onde há também um desembarque grande de pessoas, deixando o carro vazio, com apenas eu e mais umas 5 pessoas.

Agora da Lapa até o Ceasa é um trecho pequeno por algumas ruas: Av. Mercedes, Brig. Gavião Peixoto, Barão da Passagem, Schilling, no bairro da City Lapa, Vila Romana, e Vila Leopoldina, bairros residenciais de classe média, com muitas praças, guaritas de segurança nas ruas e etc.

Chegando finalmente na Av. Imperatriz Leopoldina, Av. Mofarrej e Av. Gastão Vidigal, passando em frente ao Ceasa, nessa altura da viagem (01:19 de percurso) só havia eu de passageiro no carro, e chegamos ao final dela numa rua q fica em frente a um dos portões do Ceasa.

Dados da segunda linha:

Linha: 477-A/10 – Sacomã x Ceasa
Ponto Inicial: R. Francisco Peres, imediações do Terminal Sacomã
Ponto Final: Rua Baumann, em frente ao Ceasa
Empresa: Via Sul (Área 5)
Carro da viagem: 5 2536 – Caio Induscar Mondego HA, MBB O-500UA/2836

A viagem:

Depois de descansar um pouco da primeira viagem e fazer um lanche vamos a segunda parte, agora num Mondego da Via Sul rumo ao bairro do Sacomã (zona sul de São Paulo).

Essa linha roda com 100% da frota composta por articulados durante a semana, devido a sua demanda, porém nos finais de semana são alternados com carros menores, sendo que no domingo apenas carros comuns rodam, mais com sorte conseguimos pegar um articulado, por volta das 18:05 ele saiu do ponto final no Ceasa, apenas comigo dentro do carro, e prosseguiu assim até sairmos da Avenida Dr. Gastão Vidigal, e entrarmos na Avenida Prof. Fonseca Rodrigues, entrada do Parque Vila Lobos. Do ponto final no Ceasa, até o Largo da Batata em Pinheiros, é um trecho reto que compreende as avenidas: Gastão Vidigal, Prof. Fonseca Rodrigues e Pedroso de Morais, passando pelo Parque Vila Lobos e a Praça Panamericana, as pouquíssimas pessoas que embarcaram nesse trecho, desembarcaram todas em Pinheiros, e lá ele começou a lotar, aí pude perceber o porquê de rodarem articulados na linha, a partir do Largo da Batata, seguindo pela Avenida Faria Lima até o cruzamento com a Avenida Cidade Jardim, passando pelo Shopping Iguatemi, ele parou em todos os pontos do trajeto, e em todos eles entravam pelo menos 7 ou 8 pessoas. Isso só foi melhorar um pouco quando entramos no bairro do Itaim Bibi, e muitas pessoas começaram a desembarcar ali.

O bairro do Itaim Bibi, é um bairro nobre da zona sul de São Paulo, com comércio forte e muitas moradias de classe média, o bairro é servido pela linha nas ruas Tabapuã e Joaquim Floriano atingindo a Praça Dom Gastão Liberal Pinto, e a Avenida Brigadeiro Luís Antonio, sentido Centro, saímos do Itaim e entramos nos Jardins, passando em frente ao Parque Ibirapuera, subindo a Brigadeiro até atingirmos a Avenida Paulista, a mais tradicional de São Paulo.

Pegamos um trecho pequeno da Avenida Paulista até o bairro do Paraíso, onde ela termina, e começa a Rua Domingos de Morais, nela iremos passar em três pontos com muita demanda de passageiros: as estações do Metrô Paraíso, Ana Rosa e Vila Mariana, em todas as três há um grande embarque de passageiros, e um bom desembarque também. Saindo da Vila Mariana, chegamos a Avenida Lins de Vasconcelos, agora a viagem está chegando nos tradicionais bairros do Cambuci e Ipiranga, passando pelo Largo do Cambuci, Rua Independência e por fim pegando a Avenida Dom Pedro I, passando pelo monumento do Ipiranga e proximidades do Museu Histórico, ali a viagem chega na reta final, passando por importantes ruas do Ipiranga: Rua Leais Paulistanos, Rua dos Sorocabanos e Rua Silva Bueno.

O final da Rua Silva Bueno já pertence ao bairro do Sacomã, e mais umas ruas passamos em frente o Terminal de Ônibus do Sacomã, e o ponto final da linha, mais uma vez da mesma forma que a viagem começou, somente comigo no carro.

O trecho foi cumprido em exatas 1:16 de viagem, sem maiores complicações apesar da chuva.

Relato de: Tiago de Grande / Portal InterBuss

Fotos: Luciano Roncolato / Portal InterBuss

terça-feira, 23 de junho de 2009

Relato de Viagem 02: Linha 308 - Interbairros 2 (Urbana de Campinas/SP - o maior itinerário da cidade)

Campinas, metrópole com mais de 1,1 milhão de habitantes, mantém em operação mais de 190 linhas de transporte coletivo urbano para que 600 mil pessoas se desloquem diariamente entre as atuais quatro áreas operacionais da cidade. Dessas dezenas de linhas, duas se destacam por serem as mais longas da cidade: são as antigas linhas Interbairros 2, que tiveram suas nomenclaturas alteradas recentemente para Terminal Shopping Iguatemi X Circular Av. John. B. Dunlop (Enxuto). O trajeto é tão longo que são duas linhas: uma que faz o sentido ida, e a outra faz a volta (3.07 e 3.08), ambas operadas pela VB3, do Consórcio Urbcamp.
Não temos conhecimento de alguém que já tenha feito esse trajeto por completo, também por ser circular, partindo do Shopping Iguatemi, localizado na Vila Brandina: sai de lá, e volta para lá. No sábado, 13 de junho, eu e os amigos Guilherme Rafael e Carlos Eduardo decidimos encarar esse desafio e fomos dar a volta completa em uma das linhas.
Chegamos por volta das 15h20 no Shopping Iguatemi, ponto inicial das linhas, que saem juntas. Nos dias úteis e sábados, o intervalo é de cerca de 40 minutos. Aos domingos, como é um carro por linha, o intervalo chega a 2 horas e meia, sendo 18h30 a última viagem.
Por volta das 15h30, os carros da 3.07 e 3.08 já estavam encostados aguardando dar o horário. Eram dois Caio Induscar Apache Vip MBB OF-1721 ano 2003, de 3 portas, adaptados com elevador. Na 3.07, os outros dois carros da linha eram: um Busscar Urbanuss Pluss MBB OF-1721 ano 2001, de 3 portas, adaptado com elevador, e um Marcopolo Viale MBB OF-1417 de 2001, de 2 portas, ex-Transguarulhense. Na 3.08, havia ao menos também um Urbanuss Pluss similar ao da 3.07. O Carlos optou pela volta de 3.08, então embarcamos às 15h40 no Apache Vip da linha.
O carro, de prefixo 3763, saiu de seu ponto exatamente às 15h43. Sentamos no fundo do veículo e começamos a viagem. Além de nós, havia outro passageiro. Em nenhum momento todos os lugares chegaram a ficar ocupados, tampouco houve passageiros em pé. A viagem começou pelo bairro das Paineiras, e logo chegou na Avenida Moraes Salles. Em seguida, voltou para o Paineiras, onde deu um retorno para seguir no caminho para o Jardim São Fernando.
Em diversos trechos foi possível verificar que há uma "repetição" de passagem, ou seja, ele passa duas ou três vezes pelo mesmo local para fazer atendimentos.
Após descer o Jardim São Fernando, chegou ao Jardim Proença, onde faz atendimento às proximidades do estádio Brinco de Ouro da Princesa, seguindo depois para a UNIP e, consequentemente ao Extra da Avenida Abolição. A volta toda poderia ser encurtada um bom tempo, se não fosse necessário os atendimentos.
Seguindo pela Abolição até o seu início, o ônibus chegou ao seu ponto mais próximo do Centro, que é o início da Avenida Francisco Glicério, depois indo pela Marginal Fepasa e subindo o Viaduto Cury. Antes disso, houve uma parada para troca de turno, que levou cerca de cinco minutos.
Depois de subir o viaduto, o ônibus pegou a Francisco Teodoro, já na Vila Industrial, e de lá já acessa a Sales de Oliveira, seguindo pelo mesmo caminho que fazem os ônibus que vão para a Estação Enxuto, na Avenida John Boyd Dunlop. Nisso, nem uma hora do trajeto ainda havia sido cumprido.
Da Estação Enxuto (o nome vem do supermercado, que fica no local), o ônibus atende a avenida José Pancetti de ponta a ponta, depois descendo para fazer a volta pelo Condomínio Bandeirantes, no Jardim Pacaembu. Logo depois, volta para o mesmo ponto para subir e cruzar a Avenida Lix da Cunha e dar a volta por boa parte do Jardim Eulina, depois pegando a Avenida Marechal Rondon, onde tem ponto próximo à Pedreira do Chapadão.
Em seguida, chegamos próximo à metade do itinerário, no Balão do Castelo, de onde o ônibus segue pela Avenida Imperatriz Leopoldina até à Lagoa do Taquaral, de onde parte para chegar até o Shopping Parque D. Pedro, mas antes atendendo aos bairros Santa Genebra e Miguel Vicente Cury.
Finalmente, mais de uma hora depois do trajeto, chega ao D. Pedro, onde tem um ponto. Rapidamente sai e segue pela Avenida Wagner Samara até o bairro Taquaral (próximo de onde já tinha passado, mais uma vez), fazendo parte do itinerário da linha 351 - Pucc Primavera, até a sede da CPFL, para logo depois atingir a Rodovia Miguel Noel Nascente Burnier, caminho para a Estação Cidade Judiciária, um dos pontos mais extremos do itinerário, já na saída para Jaguariúna.
Dando a volta por ali, passa a atender novamente o Taquaral, mas dessa vez o entorno da praça Arautos da Paz, de onde volta e atende o Parque São Quirino, passando duas vezes num mesmo local. Dali chega até a Vila 31 de Março, último bairro no caminho para o Shopping Galleria. Minutos depois segue para atender o Parque Brasília, subindo até o Jardim Flamboyant e finalmente voltando à Avenida Iguatemi, chegando ao seu ponto final.
Nesse momento, o relógio marcava 17h44, exatamente 2h01m depois de ter saído. Nem 30 passageiros passaram pela catraca durante todo o trajeto, sinalizando que trata-se de uma linha deficitária, porém de longo alcance e importante para muitos, mesmo depois da criação do Bilhete Único. Em breve, vamos encarar o sentido inverso, na 307.

Texto e foto: Luciano Roncolato

domingo, 14 de junho de 2009

Relato de Viagem 01: Pirapora do Bom Jesus (Centro) x Itu (Term. Rodoviário) via Cabreúva

Olá pessoal, pra começar a relatar as nossas viagens de ônibus por aí, escolhi falar sobre esse trecho, que apesar de ser próximo da capital paulista não é muito conhecido trata-se da linha ARTESP saindo de Pirapora do Bom Jesus (Região Metropolitana de São Paulo, distante 54 kms da Capital) até Itu (Interior do Estado, região de Sorocaba, distante 102 kms da Capital)

O carro da viagem:

Trata-se de um Caio Apache Vip, Mercedes Benz OF-1721 da Empresa VITU – Viação Itu, prefixo 1002

A viagem:

Cheguei em Pirapora do Bom Jesus por volta de 10:00 da manhã, o horário previsto para saída do carro era as 11:00, então aproveitei esse tempo livre de 1 hora para fazer algumas fotos de ônibus e da paisagem, Pirapora é uma cidade conhecida por ser ponto de chegada de romarias, e por ser cortada em toda a sua extensão pelo Rio Tietê, fazendo dela uma cidade bonita, apesar do mau cheiro do rio, com grande potencial religioso, e a região onde a cidade está é muito montanhosa, sendo praticamente uma cidade encravada entre morros, estava no pequeno terminal de ônibus existente na Estrada dos Romeiros, km 55 onde a linha para Itu faz ponto final, bem na entrada da cidade, quando por volta das 10:40 vejo chegar o nosso ônibus, então fiz algumas fotos dele e esperei dar a hora do embarque.

Saindo de Pirapora exatamente as 11:00 a nossa viagem começa, o carro com meia lotação (aproximadamente umas 25 pessoas) sai do terminal e cruza a ponte sobre o Rio Tiete no centro de Pirapora, e pega a Estrada dos Romeiros, sentido Cabreúva, nessa primeira parte da viagem a Estrada tem trechos de subida íngremes, pista simples e curvas, muitas curvas muitas vezes é impossível ficar quieto no assento, com as curvas se fica balançando de um lado pra outro, e do lado esquerdo é possível avistar em 90% do trajeto o Rio Tiete seguindo o mesmo curso da rodovia, nessa parte o rio é muito diferente do trecho urbano em São Paulo, que somos acostumados a ver, ele tem um leito mais largo, com muitas curvas e rochas em seu leito, porém tem uma parte triste: a sujeira, muitos dejetos, espuma branca, principalmente próximo a Barragem e Usina de Rasgão, ainda no Município de Pirapora. Além das curvas, pista simples, e trechos de subida bem íngremes, a Estrada dos Romeiros também tem muitas pontes estreitas, onde só é possível passar um carro por vez (inclusive é uma dessas pontes que faz a divisa dos Municípios de Pirapora e Cabreúva) logo após passarmos a divisa é possível ver uma queda d’agua no leito do Tietê, na minha opinião a parte mais bonita do trajeto, e um grande tráfego de ciclistas em toda a sua extensão.

Com exatos 30 minutos de viagem, entramos no perímetro urbano de Cabreúva, uma cidade pequena, e sem muitos atrativos, apenas um pequeno centro histórico, e exatamente as 11:35 da manhã fizemos a parada no Terminal Rodoviário de Cabreúva, de onde além de ônibus municipais da cidade temos ônibus suburbanos rumo a Jundiaí, com isso a nossa viagem chegou a metade.

Algumas pessoas desembarcam e algumas entram no carro pra fazer a viagem rumo a Itu, e as 11:38 o nosso ônibus dá a ré saindo da rodoviária, a viagem ainda segue.

Deixando a cidade de Cabreúva pra trás, agora estamos pegando a continuação da Estrada dos Romeiros, que no trecho entre Cabreúva e a Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto já em Itu ganha o nome de Estrada Parque, por adentrar dentro da APA (Área de Proteção Ambiental) do Rio Tiete, nessa segunda metade da viagem o trecho continua em pista simples, muito sinuoso, porém com menos subidas e após uns 2 kms saindo do centro de Cabreúva, ganhamos a companhia do Rio Tiete de novo, passaremos em frente a mais uma barragem, e com isso mais sujeira no leito do rio, e a paisagem é basicamente essa durante todo o trecho, do lado esquerdo o rio, e do lado direito muitas montanhas e algumas casas afastadas.

A divisa entre os municípios de Cabreúva e Itu, é num bairro chamado Gruta (Existe uma Gruta na beira da Rodovia), um pequeno parque, posto de informações turísticas, algumas mesinhas na beira do rio e com isso entramos no município de Itu, mais alguns kms a Estrada Parque termina, no seu final um pequeno trevo, onde alguns romeiros descansavam no momento em que passamos por lá, com certeza rumo a Pirapora, após passar uma ponte sobre o Rio Tiete, chegamos na Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, e com isso já avistamos ao fundo a cidade de Itu, 3kms nos separam do centro, após passarmos o portal de entrada da cidade a rodovia muda de nome para Marechal Rondon, e vai seguir com esse nome até a divisa com MS.

O primeiro ponto de parada é em frente o Shopping, que fica na beira da rodovia, ali desce a grande maioria das pessoas, ficando apenas eu e mais umas 5 pessoas, para seguir até o ponto final, agora ele apenas desce uma pequena avenida e entra na marginal de Itu, com isso a nossa viagem chega ao fim, pois ali está a rodoviária da cidade, e conseqüentemente o final da linha, exatamente as 12:07 o carro 1002 da VITU estacionou no ponto do lado de fora da rodoviária, e com isso chega ao fim a nossa viagem.

Itu, ao exemplo de Pirapora, também é uma cidade com potencial religioso, no centro histórico temos igrejas, e um casario colonial, além também da cidade ter a fama de ser a Cidade do Exagero, onde tudo é grande, e tanto Itu, quanto Cabreúva e Pirapora, fazem parte do “Roteiro dos Bandeirantes” um trecho que foi desbravado pelos Bandeirantes há muito tempo atrás, vale a pena fazer uma visita.

Bom, é isso, espero que vocês tenham gostado desse roteiro, e pra quem quiser um dia fazer esse trajeto seguem algumas informações, tal como horário de partidas, locais onde se embarca e etc.

Pirapora do Bom Jesus x Itu (Via Cabreúva)
Ponto Inicial: Estrada dos Romeiros (SP-312) Km.55 – Mini Terminal Urbano, Pirapora do Bom Jesus-SP
Ponto Final: Rodocenter de Itu-SP

Horários de partida:

Saídas de Pirapora durante a semana: 05:45, 10:00, 14:10 e 17:30
Saídas de Pirapora nos finais de semana: 06:00, 11:00, 15:00 e 18:30

Saídas de Itu durante a semana: 08:00, 12:50, 16:00 e 22:35
Saídas de Itu nos finais de semana: 09:00, 13:00, 17:00 e 22:35


Por: Tiago de Grande/Portal InterBuss